quarta-feira, 27 de maio de 2009

POSTERS DE ARTISTAS




Algo muito interessante que vinha nessas revistas antigas eram posters dos ídolos.
Amiga, Sétimo Céu, Contigo, Ilusão, Romântica e outras, traziam, como encarte, uma penca de fotos coloridas, bem caprichadas, para desfrute dos fãs.
Algumas, como a Amiga, chegavam a publicar posters gigantes! Esses, enfeitavam as paredes, geralmente dos quartos, da casa dos leitores.E a POP, especializada em música jovem, também não ficava atrás. Estes posters eram sempre anunciados nas capas das publicações, geralmente com artistas que estavam em evidência.
Observem só nas capas das revistas postadas, a POP de junho de 1977 fornece o maior destaque da revista para o poster gigante e colorido do Genesis. A ilustração do rapaz deitado, lendo, (olha a calça de boca larga) é também de uma POP, só que mais antiga, de 1974, e é exemplificativa de que se costumava enfeitar a parede com os tais posters, que no caso desta revista, não se fixava apenas em imagens de artistas e sim na do chamado mundo jovem da época.
A Contigo de 1973, agora colorida (!!!) traz a imagem do pão (era assim que as moças dos anos 70 chamavam um homem bonito, não me perguntem porquê) Tarcísio Meira, com o detalhe em destaque: Posters coloridos Os grandes ídolos. Sabem quem veio como grandes ídolos? O pão Dênis Carvalho, a pã (?) Sandra Bréa, o pão Roberto Pirilo, a pã Romy Schneider, o pão Haroldo de Oliveira, poster duplo da pãpã Vera Fischer sem blusa, a pã Maria Alcina, o pão Hugo Carvana (fumando, ahuahauha, hoje seria difícil divulgar a imagem de um artista fumando nesses tempos de politicamente correto) e a pã Gilmara Sanches.
Conhecem todos esses nomes?
Abraços, obrigada pela preferência.






quinta-feira, 14 de maio de 2009

CONTIGO NO SÉTIMO CÉU







Fui procurar no novo pai dos burros, não mais o Aurélio, mas o Google, sobre as revistas Contigo e Sétimo Céu e só achei dados sobre a primeira:

"A revista Contigo! foi criada em outubro de 1963. É a quinta revista mais antiga da Editora Abril, atrás de Capricho (1952), Manequim (1959), Quatro Rodas (1960) e Claudia (1961). Ao ser lançada, tinha periodicidade mensal e trazia basicamente fotonovelas" (http://pt.wikipedia.org/wiki/Contigo!)

Alunos de Comunicação Social, uni-vos e pesquisais sobre a Sétimo Céu. Essas publicações, juntamente com outras do gênero (Grande Hotel, Carícia, Amiga) povoaram a minha adolescência nos anos 70. Não sou da época de Júlia e Sabrina (anos 80 e, para dizer a verdade, nem gostaria de ter sido) que imitavam a antiga Romance Moderno, de 70, com contos e muita prosa açucarada que minha irmã, mais velha do que eu seis anos, adorava; mas sim dessas revistas que não costumava comprar (eu colecionava a Pop, voltada para a música, somente por causa da minha sempre paixão por Rita Lee), mas que eventualmente lia por causa da minha tia Nina, que sempre comprava a Amiga.

Vejamos duas matérias publicadas numa Contigo de 1973 (com a Marília Gabriela) e outra da Sétimo Céu com Elis Regina, em 1975, além de admirarmos o índice da Sétimo, de uma revista de 1973... Duas mulheres de destaque, a primeira jornalista do então Jornal Hoje e a segunda, cantora.
O machismo da matéria com Gabi não é escondido da reportagem "A bela da tarde", feita por Benê Pompílio, com fotos de Paulo Salomão e Keiju Kobayashi, vejam só este trecho: "Dona de uma voz marcante e de uma dicção perfeita, muitas vezes Marília consegue ser melhor que seus comapanheiros masculinos (...)" UI!!! De fato, tenho uma amiga, nascida em 1950, que quis entrar para a Faculdade de Jornalismo, tendo sido isso vetado pela família. Mulher jornalista era coisa rara e Gabi deve ter servido de estímulo para muita gente... Rita Lee seria também uma jornalista por essa época, quem sabe, se não tivesse largado a Faculdade de Comunicação Social, da USP, para seguir carreira na música.

A entrevista com Elis, feita por Vera Rodrigues, com fotos de Adir Mera, "Meus filhos não são notícia" faz questão de destacar o fato dela ser casada pela segunda vez com César Camargo Mariano . Maria Rita ainda não existia, João Marcelo tinha 5 anos e Pedro, 5 meses. Era muito comum essas revistas enfocarem o lado mamãe das cantoras e atrizes, e na matéria, Elis afirma não gostar de expor seus filhos por serem ainda muito pequenos para decidirem se gostariam de aparecer ao lado dela nas fotos.
Mal sabia ela do futuro!

E vejam só o que estava na moda na revista Sétimo Céu (série amor) de 15/9/1973:
Glória Menezes e Tarcísio Meira, na página 6 : Eles casaram 11vezes e continuam muito felizes. (NOSSA);
Lúcia Alves, na 12: Tempo de lua de mel e de manter a cuca tranquila (Saudade dessa gíria, "cuca". Pelo visto, na época do Governo Médici todo mundo era apaixonado e feliz);
O sonho lindo e maravilhoso de Chico di Franco, na 14 (eu só não sei quem é esse, mas parece que Caetano estava certo: tudo é divino maravilhoso);
José Fernandes: temíveis notas de zero a dez, na 16. (Mas depois de ler sobre um casamento feliz, eu vou ter que encarar essa mala de jurado que fazia tipo e dava zero antes do cara cantar?);
Palavras contidas, o retrato exato da vida real, na 18. (??? Não está muito elucidativo para um índice, pelo jeito, vou ter que abrir a revista e ver do que se trata...,ah, é um conto);
Os ideais se completam: Antônio Marcos e Vanusa, na 30 (Mais gente feliz!);
Bolsa para você fazer com bossa e charme, na 78 (Pelo visto, as moças que liam Sétimo eram todas prendadas, faziam as suas próprias bolsas. Mas essa palavra "bossa" tava meio cafona pra moçada de 70, não?);
As sete curtições sensacionais de Jardel Filho, na 94. (hummmm);
Livro de poemas de Vanderlei (não diz a página e nem coloca o sobrenome do cantor, então, ele devia ser bem íntimos das sétimas ceuzitas)
E mais duas fotonovelas:
Agnaldo Raiol e Dina Sfat envolvidos numa trama de amor, Doce imagem de mulher, na 22
Fuga para o passado, sensacional aventura a cores, com Francisco Cuoco e Nívea Maria, na 35.
Aventura a cores é ótimo, não?