Nos anos 60, as revistas começaram a crescer em tamanho. Perseguiam o comprimentos da Cruzeiro, da Realidade... a Intervalo, por exemplo, que já mereceu um post por aqui, entra nos anos 70 com centímetros a mais. Da revista Amiga, então... nem é necessário falar. Todos sabem como era imensa.
No meio das gigantonas, eis que surge uma pequena, em meados da década de 70 chamada singelamente de Carícia.
Foi um sucesso. Direcionada às adolescentes, que não possuíam publicação específica, falava da primeira vez, de moda, etc. Não lembro se tinha fotonovela. Mas devia ter, toda a revista, naquela época, imitava a tele-novela, na fotonovela.
Na escola, em que eu fazia o primeiro grau (que já foi ginásio e agora chama ensino fundamental, não sei para que mudam tanto o nome, se o mais importante, a qualidade, continua precária), minhas colegas sempre discutiam os assuntos da Carícia. O primeiro beijo, o primeiro isso, o primeiro aquilo. Lá, tudo era o primeiro.
As mulheres mais velhas tinham as suas revistas: Capricho, Nova, Grande Hotel, Romance Moderno... sem contar as especializadas em artistas como Sétimo Céu, Romântica... e, agora, nós tínhamos a Carícia. O curioso era que a capa da little trazia sempre só o rosto da manequim (naquela época se chamava assim, modelo ou manequim, não existia a palavra top), já a revista Nova, trazia a mulher de corpo inteiro, sempre com a roupa bem decotada. Infiram...
Grandes coisa, né? Mas era novidade. Eu, particularmente, preferia a Pop, que colecionava com meu minguado dinheirinho de mesada. Depois a Pop acabou e muitas revistas imitaram a Carícia. Nem sei se ainda existe! Cartas para a redação.
Um abraço!