sábado, 18 de abril de 2009

NA ÉPOCA DA VITROLA E DA MÁQUINA DE ESCREVER











Folheando revistas antigas, nos deparamos com anúncios e artigos interessantíssimos que nos reportam a uma época a.C. (não é antes de Cristo não, é antes do Computador) em que as pessoas escreviam à máquina e ouviam vitrola.



Minha primeira máquina de escrever, ganhei do meu pai, aos 15 anos, em 1979. Uma Remington portátil que tenho até hoje. A primeira vitrola também foi portátil, minha mãe trocou não sei quantos carnês do Baú da Felicidade por ela. O ano: 1973, era da marca Philips.



Sempre tive coisas portáteis, mas confesso que os presentes, embora adorados por mim, não correspondiam aos meus ambiciosos sonhos de ter uma rádio-vitrola (isso mesmo, com tampa, um móvel imenso que as famílias mais abastadas mantinham na sala) e uma máquina Olivetti.



Só muitos anos depois, já na década de 90, pude comprar uma vitrola grandona, mas aí ela já vinha com toca-fitas e aparelho de cd. UAU!!! E também uma máquina de escrever enorme, mas elétrica. E Olivetti, claro, com esferas e sem aquelas malditas fitas preta e vermelha que manchavam até a nossa alma.


Meu primeiro emprego quase foi o de instrutora de curso de datilografia. Parece incrível, mas exisitia isso, tenho o meu diploma até hoje. Não era fácil fazer um curso de datilografia. Aprender a bater tabelas com perfeição, margens... vocês, da era do computer, chorariam (não é de rir não, de verdade). Era um saco. Não sei como eu conseguia e, pelo jeito bem, ao ponto de ser indicada para trabalhar no curso como instrutora. Mas meu pai nem em sonho deixava a mim ou a minha irmã trabalharmos fora, ele achava que atrapalharia os estudos. Como os namorados também eram vetados...


E os concurso de antigamente que tinham prova de datilografia? Tínhamos que fazer não sei quantos toques por minuto... creio em Deus pai.


E pensar que o gravador já foi do tamanho desse monstro aí de cima! Coitados dos jornalistas...

Fontes:

POP. São Paulo: Abril, n. 47, set. 1976. p. 27


SÉTIMO CÉU. Rio de Janeiro: Bloch Editores, n. 33, jun. 1975. p. 15


MANCHETE. Rio de Janeiro: Bloch Editores, edição histórica, ag. 1990, p. 53.







5 comentários:

  1. Esse blog retrô é show!

    E pensar que aos 13 anos o meu sonho de consumo era um gravador desse ai. hehehehehe

    Em datilografia fui um fracasso.

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  2. Dez as propagandas!!! O texto e a arte da propaganda do gravador são bonitos.
    Herdei do meu pai uma vitrola da gradiente que era show!!!! Quatro velocidades, tocava até discos de 78 rotações, braço mecânico com a opção manual se preferisse e regulador de peso da agulha. Gostava muito dela!!
    Adorava o barulho das máquinas de escrever, de tocar no papel, de tirá-lo com violência quando detestava algo ou errava. Aliás, por onde anda o limpa-tipos????
    bjs!!!

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  3. Lembrei que, na década de 80, meu pai comprou um aparelho de som, ahauhauhauh, era assim mesmo que chamava... ele veio pifado e pifado ficou por um bom tempo.

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  4. Eu tive uma TV Telefunken 26´´!! Bons tempos!

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  5. Puxa vida,porque que não achei esse blog antes?,a primeira vez que vi uma máquina de escrever foi num depósito de antiquidades em Vila Velha,(ES).
    lembro que uma tia-avó gostava de ir lá para trocar os móveis,só tinha 9 anos!,falava toda hora: -que casa velha,mãe!.
    Aí,uma bela tarde, ela disse que ia levar as crianças para ver os "brinquedos",uma prima pegou a máquina de escrever,não tinha muito contato com computador na infância,os que já tinham visto eram do escritório do meu saudoso avô;a máquina fazia um barulho infernal,que eu,por natureza não ouvia!,e quando a bronca vinha,eu lembro de dizer várias vezes:
    _Estou escrevendo,tia!.
    Fico falando em arrumar uma para enfeitar minha biblioteca!.
    Adorei essa matéria!.

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